Documentários

Documentários

O filme documentário como “documento da verdade”

“O cinema documentário pode ser considerado como uma fonte de pesquisa e ensino da história? Sim, mas esse gênero cinematográfico pode, também, significar para realizadores, estudiosos e espectadores uma prova da “verdade”, uma vez que trabalha diretamente com imagens extraídas da realidade. É comum se imaginar o filme documentário como a expressão legítima do real ou se crer que ele está mais próximo da verdade e da realidade do que os filmes de ficção.” Umbelino Brasil, Professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Bahia e cineasta. Autor dos filmes O que eu conto do sertão é isso … (1979) e Lutas e vidas (1981).

Com o objetivo de contribuir para que os objetivos do Observatório da Desigualdade, Pobreza e Proteção Social no Mercosul sejam alcançados apresentamos uma lista de documentários que podem ser utilizados em sala de aula e debates.

Envie suas sugestões de documentários que podem ser incluídos e devem ser assistidos para o endereço: coordenacaoobservatorio@cse.ufsc.br

A Figueira do Inferno
[Brasil, , 2004, 25 minutos, Documentário. Direção de Ernesto Teodósio]

• Um Registro Etno-botânico da utilização de Daturas e Brugmânsias no nordeste brasileiro.
• Uso: Ótimo para debate.

A Invenção da Infância
[Brasil, 2000, 26 min. Documentário. Direção Liliana Sulzbach]

• Ser criança não significa ter infância. Uma reflexão sobre o que é ser criança no mundo contemporâneo.
• Uso: Ótimo para debate.

Augusta ao Gosto
[Brasil, 2006, 8 minutos, Fausto Kutka, Pricila Clair]

• Documentário sobre a Rua Augusta, com suas diferenças e discrepâncias, com suas tradições e contradições, sobre suas mazelas e belezas.
• Uso: Ótimo para debate.

Acorda, Raimundo… Acorda
[Brasil, 1990, 16 min. Ficção. Direção: Alfredo Alves]

• E se as mulheres saíssem para o trabalho enquanto os homens cuidassem dos afazeres domésticos? Essa é a história de Marta e Raimundo, uma família operária, seus conflitos familiares e o machismo, vividos num mundo onde tudo acontece ao contrário.
• Uso: Ótimo para debate.

A Margem da Imagem
[Brasil, 2002, 15 min. Documentário. Direção: Evaldo Mocarzel]

• Focaliza as rotinas de sobrevivência, o estilo de vida e a cultura dos moradores de rua do município de São Paulo. Trata-se de um problema dramático que vem se agravando a cada dia. O documentário vai mostrar o cotidiano dessas comunidades que vivem em várias áreas da cidade, principalmente na região central. Nesta área, os moradores de rua têm acesso a produtos e materiais descartados pelos escritórios, bancos e estabelecimentos comerciais.
• Uso: Ótimo para debate.

Boca de Lixo
[Brasil, 1992, 30 min. Documentário. Direção Eduardo Coutinho]

• Documentário sobre o cotidiano dos catadores de lixo do vazodouro de Itaoca, em São Gonçalo, a 40km do Rio de Janeiro, Boca de Lixo revela uma das faces mais cruéis da desigualdade econômica no Brasil. Miséria, desemprego e fome levam famílias inteiras a viver do lixo. Medo, vergonha e humilhação são alguns dos sentimentos gerados por esta realidade em homens, mulheres, crianças e idosos indiscriminadamente. Ao mesmo tempo, sonhos, esperanças e sorrisos aparecem na boca desses trabalhadores situados no último limite da informalidade. De suas histórias aparece o caminho que levou ex-metalúrgicos, ex-empregadas domésticas, ex-balconistas de bares, ex-cortadores de cana ao ponto final da luta pela sobrevivência: a disputa com porcos e urubus por um naco de comida. A dor e o amor, a garra e a humildade dos personagens reais retratados em Boca de Lixo fazem deste documentário uma emocionante lição de vida.
• Uso: Ótimo para debate. Boca de Lixo pode ser usado em e em debates políticos como forma de ilustrar o problema da desigualdade, que é a mais forte marca da sociedade brasileira. Direitos Humanos, Precarização do Trabalho e o problema do lixo são outros temas que podem ser abordados através do filme. Contatos: Tel.: (21) 2509-3812 E-mail: cecip@cecip.com.br página:www.cecip.com.br

Corumbiara, nunca mais
[Brasil, 1996, 70 min. Direção Adécio Dias, Produção Central Única dos Trabalhadores (RO)]

• Documentário sobre o grande massacre de Rondônia. Imagens inéditas, recuperadas dos escombros do massacre, chocam quem as veja.
• Uso: Debate sobre a violência da UDR/Governo etc.

Entre Muros e Favelas
[Brasil, 2005, 56 min. Documentário. Direção: Suzanne Dzeik, Kirstem Wagenschein e Marcio JerônimoRealização: Ak Kraak, A Trever, TV Tagarela]

• Impressionante documentário sobre a vida e a morte nas favelas do Rio de Janeiro. A partir de uma clara visão de classe, apresenta a violência policial e a violência do tráfico como dois lados de uma mesma moeda: a guerra contra os pobres. O vídeo conta com depoimentos de representantes de ONGs e movimentos sociais, aos quais se somam as emocionantes falas de parentes e amigos de vitimas da violência. Violência esta que tem cor, classe e idade, já que a grande maioria de mortos e feridos são jovens, negros e pobres. O cenário do documentário são as próprias ruas e becos dos morros cariocas, onde residem mais de 20% da população da cidade. O filme desnuda o papel do Estado, presente nessas localidades apenas através da violência policial, e revela como essa ausência dificulta a organização dessas comunidades e prejudica suas lutas. Mostra que mais recentemente, com o neoliberalismo, o Estado reduz ainda mais os gastos com educação, saúde, saneamento básico e habitação, entre outras de suas funções. Denuncia ainda o medo e o preconceito difundidos pela mídia em relação aos que moram em favelas, tratados como “classes perigosas”, o que estimula a continuidade dessa verdadeira barbárie. Como diz um dos cartazes que aparece no filme: “Moro em um lugar onde a imprensa só aparece para contar os mortos”. Entre Muros e Favelas tem, entre outras, a virtude de conseguir politizar a questão da violência, uma denúncia da nossa realidade. É uma imagem da resistência dos que se opõem a esse massacre, especialmente das mães que perderam seus filhos, pois dá voz àqueles que normalmente são calados.
• Uso: Entre Muros e Favelas é indicado para aulas que tenham como tema o Rio de Janeiro e sua história recente. Desigualdade social e direitos humanos também são temas retratados neste filme indispensável para aqueles que queiram discutir os principais problemas sociais do Brasil atual.Contatos: E-mail: frentedelutapopular@bol.com.br

Gênero, mentiras e videotape
[Brasil, década de 90, 19 min. Ficção. Direção: Lucila Meirelles]

• O que é ser mulher? O que é ser homem? Dois programas com abordagens diferentes, em que os comerciais e as relações familiares ajudam a despertar a discussão sobre essas perguntas aparentemente simples, desmistificando a “naturalização” das identidades masculina e feminina.
• Uso: Debate sobre questão de gênero

Heróis da Resistência
[Brasil, 30min. – 2000 – de José Carlos Asbeg]

• Documentário sobre a Marcha Popular pelo Brasília. Assembléia dos Lutadores do Povo de 1999. Apresenta as bandeiras do MST e de Consulta Popular.
• Uso: Ótimo para discutir o MST e um Projeto para o Brasil.

Ilha das Flores
[Brasil, 1989, 13 min.. Documentário. Direção de Jorge Furtado]

• Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora. O curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.
• Uso: Ótimo para debate.

Irmãos de Rim
[Brasil, 2004, 15 min. Documentário. Direção de Dinho Zaclis Wolf]

• Histórias sobre a vida e a fé de pessoas que tem no transplante sua única esperança.
• Uso: Ótimo para debate.

João Candido e Revolta da Chibata
[Brasil, 20 min. Produção Nós do Cinema]

• Documentário que conta a história de João Candido, líder da Revolta da Chibata, em 1919. Nesta revolta, muitos marinheiros morreram lutando contra as más condições de trabalho e contra o tratamento que sofriam por parte da Marinha de Guerra Brasileira. “Um herói nacional que não está nós livros”. É esse herói que os depoimentos de Moacir Lopes (escritor), Edson Santos (deputado), Elizabeth Viana (Funart), Álvaro do Nascimento (escritor e professor), Dona Zelândia (filha de João Candido) e Adalberto Candido (filho), entre outros, tentam nos mostrar através dos seus testemunhos. O vídeo abrange desde a preparação da Revolta, que durou dois anos, até o destino de cada um que sobreviveu à luta. João Candido teve um destino diferente dos outros sobreviventes por ter sido o ícone da revolta. Foi preso e torturado durante anos, mas sua resistência garantiu que vivesse, ainda que precariamente, até os 89 anos. Um dos seus maiores ensinamentos foi: lutar contra qualquer tipo de injustiça que possa haver, sobre a pessoa ou sobre um dos seus. O importante é a união.
• Uso: Ótimo para debate. O filme é um resgate histórico de um grande personagem brasileiro e a sua luta, do ponto de vista dos trabalhadores. É indicado para aulas ou debates que tenham a História dos negros no Brasil como tema. Contatos: Tel.: (21) 2226-0668 E-mail:producao@nosdocinema.org.br ,página: www.nosdocinema.org.br

Lotado
[Brasil, 2004, 18 min. Documentário, Direção de Luanda Lopes]

• O problema da superlotação nas penitenciárias do Rio de Janeiro, através de depoimentos de um ex-presidiário, dois ex-diretores do DESIPE, um agente (…)
• Uso: Útil para discutir a reforma agrária.

Lugar de toda pobreza
[Brasil/Vitória, 1983, 20 min. Documentário. Produção: Amylton de Almeida / Rede Gazeta –
Vitória/ES]
• Vídeo sobre os moradores do bairro de São Pedro em Vitória/ES. Essas famílias vivem como catadores de lixo e moram em cima do próprio lixo onde trabalham. A situação de vida dessas pessoas, suas condições de saúde, a organização da comunidade e a luta por moradia.
• Uso: Ótimo para debate.

Lugar de toda pobreza 20 anos depois
[Brasil/ Vitória, 2003, 39 min. Documentário. Direção: Henrique Gobbi. Rede Gazeta – Vitória/ES]

• Esse vídeo tenta mostrar como estão atualmente as pessoas que deram depoimento no primeiro filme, lugar de toda pobreza, se elas se beneficiaram ou não das mudanças efetuadas no bairro. Além disso, o filme mostra, que muitos catadores morreram, adoeceram ou simplismente desapareceram e que se deu um processo de “expulsão branca”, onde os moradores venderam seus lotes em busca de novo território e chegaram ao bairro outras pessoas de classe social mais alta.
• Uso: Ótimo para debate.

Manifesto Comunista: 150 anos
[Brasil, 1998, 105 min. Produção Sindicato dos Trabalhadores do SAAE]

• O vídeo “Manifesto Comunista: 150 anos” é uma palestra que tem como conferencistas Marcelo Ridenti e Vito Giannotti, do Núcleo Piratininga de Comunicação. O vídeo discute a importância, a relevância e a atualidade do Manifesto Comunista, que mesmo escrito há mais de 150 anos continua atualíssimo. A palestra pontua o contexto em que o Manifesto foi escrito na Europa, logo depois da Revolução Industrial que modificou substancialmente as relações entre os homens. Durante a palestra, o livro vai sendo destrinchado, e descobrimos suas preocupações iniciais com a nova classe que acabava de nascer: a classe trabalhadora. O vídeo também expõe as muitas reações dos trabalhadores ao longo da história e podemos perceber que a união da classe trouxe benefícios significativos, como a redução das horas de trabalho e a conquista do direito de greve, como poderoso instrumento de reivindicação da classe.
• Uso: O documentário pode ser exibido em aulas , sindicatos e debates sobre a classe trabalhadora. Por ser uma palestra, o vídeo é uma detalhada contribuição sobre o tema da classe trabalhadora. Contatos: Tel.: (12) 3952-7981 E-mail: sindsae@uol.com.br

Medo de quê?
[Brasil, 2005, 16 min. Animação. Documentário. Direção: Reginaldo Bianco]

• Medo de Quê? Daquilo que não se sabe. As pessoas, em geral, têm medo exatamente daquilo que não conhecem bem. Assim, muitas vezes alimentam preconceitos que se expressam nas mais variadas formas de discriminação. A homofobia é uma dessas expressões. Este desenho animado (sem falas) é um convite para refletir sobre estes medos em busca de uma sociedade mais plural e solidária.
• Uso: Ótimo para debate.

México em Transe
[Brasil, 1996, 13 min. Documentário. Direção: Fausto Fuser .Duração: 13 minutos]

• Documentário sobre a destruição neoliberal ocorrida no México, no começo dos anos 90. Através deste fio condutor apresenta uma aula histórica e política daquele país. “A ditadura perfeita”, assim poderia ser chamado o regime pseudo-democrático instalado no México pós-revolução de Emiliano Zapata, em 1910. Uma revolução popular que foi usurpada pelos militares e pela burguesia, que instalaram no país um processo eleitoral onde um único partido, o PRI – Partido Revolucionário Institucional, foi o vencedor de todas as eleições realizadas durante 60 anos. “México em Transe” mostra particularmente os acontecimentos ocorridos no primeiro dia de 1994. Em Chiapas, guerrilheiros revivem a memória do líder revolucionário, Zapata, tomando a segunda maior cidade daquele Estado. Os rebeldes são pessoas da própria região, descendentes dos maias, os “sem nada”, órfãos de direitos e cidadania. Naquele 1º de janeiro, entrava em vigor o Nafta, tratado comercial neoliberal entre México, EUA e Canadá. O filme retrata o desenrolar desta revolta que deixou o México em transe.
• Uso: Ótimo para debate. O filme é extremamente importante para aulas de História, Relações Internacionais e Geografia. É interessante para que pessoas e grupos dos movimentos sociais conheçam melhor a América Latina e suas particularidades.

MST: 20 anos
[Brasil, 2004, 22 min.Documentário . Direção: Carlos Carmo e Ayrton Centeno. Realização: Camp – Centro de Assessoria Multiprofissional]

• O filme faz um balanço do movimento, 20 anos após sua fundação. São 350 mil famílias assentadas, 500 associações de produção, comercialização e serviços e quase 100 cooperativas. Além disso, há 1.800 escolas próprias funcionando nos assentamentos. Depoimentos de coordenadores como João Pedro Stédile e Gilmar Mauro falam desses avanços, mas também abordam a violência de que o movimento é vítima. São quase 1.700 mortes de 1980 a 2003 na luta pela terra. Apenas 10% dos acusados por essa violência vão a julgamento e somente 1% foi condenado. O documentário também destaca o papel negativo da grande mídia e critica a utilização de transgênicos na agricultura.
• Uso: Ideal para acompanhar a trajetória do MST, sua capacidade de organização e resistência, apesar dos ataques da classe dominante. Contato: E-mail: imprensa@camp.org.br /campdoc@camp.org.br

Notícias de uma guerra particular
[Brasil, 1999, 56 min.. Documentário. Direção: João Moreira Salles e Kátia Lund]

• Eleito um dos melhores filmes brasileiros contemporâneos pela Revista de Cinema e vencedor da competição nacional de documentários do festival. Notícias de uma guerra particular é um amplo e contundente retrato da violência no Rio de Janeiro. Flagrantes do cotidiano das favelas dominadas pelo tráfico de drogas alternam-se a entrevistas com todos os envolvidos no conflito entre traficantes e policiais – incluindo moradores que vivem no meio do fogo cruzado e especialistas em segurança pública. A realidade da violência é apresentada sem meio-tons e da forma mais abrangente possível, tornando patente o absurdo de uma guerra sem fim e sem vencedores possíveis.
• Uso: Ótimo para debate.

O Bem e o Mal?
[Brasil, 25min. – 2001 – Sindocefet/PR]

• Documentário premiado sobre o massacre que o governo do Paraná ordenou contra o MST em 2/5/2000, nas proximidades de Curitiba. Produzido para discutir com os estudantes das escolas técnicas do Paraná, dialoga com quem apóia e quem é contra o MST.
• Uso: Ótimo para discussão entre jovens, crianças, adultos e idosos.

Os Rurais da CUT
[Brasil, 40min. 1992, DNT/CUT/CEDI]

• Documentário sobre o caminho percorrido pelos Rurais da CUT até chegar o seu 1º Congresso Nacional em maio de 1990. Resgata a memória das lutas dos trabalhadores. Uso: Útil para discutir a reforma agrária.
• Uso: Útil para discutir a reforma agrária.

O que é movimento negro
[Brasil,1998, 15 min. Documentário. Realização: Núcleo de Estudos Negros]

• Documentário sobre o movimento negro no Brasil. Apresenta didaticamente a luta dos negros pela igualdade, desde os tempos da escravidão até os dias de hoje. O filme começa apresentando, no período colonial, as formas de luta e resistência dos negros escravos, como o Banzo e os Quilombos. Fala de Zumbi e das revoltas dos Malês e dos Alfaiates. Foi em 1902 que surgiram as primeiras entidades (recreativas) de negros no Brasil. No mesmo período começaram a ser publicados os primeiros jornais do movimento negro, como “O Progresso” e “A liberdade”. O filme aborda as experiências da Frente Negra, da Legião Negra e do Teatro Experimental do Negro (TEM), com seu belo trabalho na área de arte-educação. Durante a ditadura militar, os negros ficaram proibidos de se organizar e, assim, as manifestações culturais ganhavam mais importância. Já na década de 1970, após a morte do estudante Edson Luiz, o movimento negro voltou a se manifestar e, a partir da união de diversos grupos, foi criado o Movimento Negro Unificado (MNU), contra a discriminação racial. A luta pelo respeito às diferenças e pela igualdade, levou o Movimento a discutir como a escola reproduz o racismo, através dos currículos, dos livros didáticos e da formação dos professores. Levou também à organização da Associação de Mulheres Negras. O vídeo mostra ainda o samba e o hip hop, entre as formas culturais que colaboram com a luta negra pela “desmistificação do mito da democracia racial” existente no Brasil.
• Uso: “O que é movimento negro” é indicado para aula ou debates que tenham a história dos negros no Brasil como tema. O vídeo é bastante didático, com linguagem acessível e imagens dos jornais e manifestações políticas e culturais dos negros no Brasil. Contatos: Tel.: (48) 3322-0692 / 3224-0769 E-mail: nen@nen.org.br
página: www.nen.org.br

O Sonho Concreto
[Brasil, 15min. – 2001, Senge/PR]

• Documentário sobre a construção e inauguração do monumento ao MST, na ocasião do aniversário do assassinato, pela polícia do Governador Jaime Lerner, do militante Antônio Tavares, em 2/5/2000, numa manifestação a caminho de Curitiba.
• Uso: Ótimo para debate.

Pés na Estrada
[Brasil, 15min. – 2001, Quem TV Produções]

• Documentário sobre a violência oficial da Polícia e da Justiça do Paraná. É quase só visual, feito com imagens originais, tomadas pelo cinegrafista Anderson, da QUEMTV, que foram usadas em vários outros documentários sobre este tema.
• Uso: Ótimo para debate.

O Homem Invisível
[Brasil, 2006, 52 min. Documentário. Direção: Andréa Velloso]

• Primeiro documentário brasileiro a ser exibido, O Homem Invisível traz à tona a invisibilidade pública. A obra narra a vida dos varredores de rua de São Paulo: em 52 minutos de duração, o filme acompanha o dia-dia de quatro garis da maior cidade sul-americana e narra ainda o trabalho do psicólogo Fernando Braga, autor do livro O Homem Invisível, no qual o filme se inspirou. Braga foi gari por 11 anos com o objetivo de estudar as condições morais e psicológicas desses trabalhadores. Sua investigação constatou que o desprestígio da tarefa de varrer ruas torna esses profissionais “socialmente invisíveis” aos olhos da sociedade – e deles próprios.
• Uso: Ótimo para debate.

O Bem e o Mal?
[Brasil,2001, 25min. Documentário .Sindocefet/PR]

• Documentário premiado sobre o massacre que o governo do Paraná ordenou contra o MST em 2/5/2000, nas proximidades de Curitiba. Produzido para discutir com os estudantes das escolas técnicas do Paraná, dialoga com quem apóia e quem é contra o MST.
• Uso: Ótimo para discussão entre jovens, crianças, adultos e idosos.

O Massacre de Corumbiara
[Brasil, 15min. – TVT]

• Reflexo das relações sociais vigentes, os assassinatos de trabalhadores rurais na cidade de Corumbiara é aqui apresentado através de depoimentos dados pelos próprios sobreviventes.
• Uso: filme didático sobre a violência no campo.

O Pontal do Paranapanema
[Brasil, 2005, 52 min.Documentário Chico Guarida. Produção: Ecofalante / Cinematográfica Superfilmes]

• O Pontal do Paranapanema há muito tempo é um dos principais centros de conflitos da terra no Brsil. São 100 anos de violência social e ambiental. O Documentário mostra que naquela região se situa a última reserva de mata atlântica no interior de São Paulo. Mas a ação dos fazendeiros está destruindo o meio ambiente ao mesmo tempo em que impede a exploração sustentável por parte da pequena agricultura familiar. São terras públicas tomadas ilegalmente pelos proprietários, que usam e abusam da lentidão e conivência da Justiça para manter seus latifúndios. Para se ter uma idéia, uma das empresas da região, a Destilaria Alcídia, utilizou o agente amarelo para acabar com a mata nativa da região. Trata-se de um desfolhante utilizado na Guerra do Vietnã pelo exército norte-americano. Há depoimentos de dirigentes do MST e da UDR, mostrando o cinismo destes últimos.
• Uso: filme didático sobre a concentração da propriedade rural e a agressão ambiental e social por parte dos grandes proprientários

O Sonho Concreto
[Brasil, 2001, 15min. Documentário. Senge/PR]

• Documentário sobre a construção e inauguração do monumento ao MST, na ocasião do aniversário do assassinato, pela polícia do Governador Jaime Lerner, do militante Antônio Tavares, em 2/5/2000, numa manifestação a caminho de Curitiba.
• Uso: Ótimo para debate.

Pés na Estrada
[Brasil,2001, 15min. Documentário. Quem TV Produções]

• Documentário sobre a violência oficial da Polícia e da Justiça do Paraná. É quase só visual, feito com imagens originais, tomadas pelo cinegrafista Anderson, da QUEMTV, que foram usadas em vários outros documentários sobre este tema.
• Uso: Ótimo para debate.

Pro Dia Nascer Feliz
[Brasil, 2006, 88 min. Documentário. Direção: João Jardim]

• Com depoimentos de alunos de 14 a 17 anos em escolas de cidades diferentes ao redor do Brasil, Pro Dia Nascer Feliz é um documentário que tenta traçar o que pensam os adolescentes de hoje sem uma visão preconceituosa, seja contra alunos de colégios públicos ou particulares ou entre moradores da capital e do interior. Sem generalizar e tentando manter a parcialidade, o filme revela as semelhanças e diferenças entre os jovens, mostrando suas expectativas de futuro.
• Uso: Ótimo para debate.

Raiz Forte
[Brasil, 2000, 42min. Documentário, Direção de Aline Sesahara]

• Retrato do MST, no dia-a-dia, na roça, nas suas casas, com os filhos. Um retrato com cheiro de fogão de lenha, de terra molhada, com cores fortes.
• Uso: Debate sobre os rumos dos Sem Terra.

Sonho de Rose, 10 anos depois
[Brasil, 92min. De Tetê Moraes, 2001]

• O documentário mostra o reencontro da diretora com os personagens de “Terra para Rose” (1987), também dirigido por ela, que narra a trajetória de 1500 famílias de agricultores sem terra.
• Uso: Útil para discutir a reforma agrária.

Terra Para Rose
[Brasil, 1987, de Tetê Moraes]

• Documentário sobre a luta dos Sem Terra na Fazenda Anoni de 1985 até 1992. As origens e as idéias do MST num caso exemplar.
• Uso: Excelente para debates.

13 de Maio
[Brasil,2005, 18 min. Documentário, Diretor Cícero Silva. Produção Fórum Estadual pela Erradicação do Trabalho Escravo no Maranhão]

• Documentário sobre o trabalho escravo no Estado do Maranhão. Através do depoimento de representantes do Ministério Público do Trabalho (MA), da Policia Federal, do coordenador da Campanha Nacional Contra o Trabalho Escravo, de ONGs, entre outros, o vídeo mostra de forma didática o problema e a luta contra o trabalho escravo no Maranhão e no Brasil. A miséria, a ganância e a impunidade são problemas enraizados na sociedade brasileira desde a colonização. Para reforçar essa idéia, o filme diferencia escravidão contemporânea, que segundo dados oficiais atinge 40 mil trabalhadores no Brasil, da antiga escravidão dos negros, abolida em 1888. Explicita quais condições degradantes de trabalho levam à caracterização legal de trabalho escravo. Apresenta soluções, como as ações repressivas e condenações criminais e a reforma agrária, e aponta a organização da sociedade como principal forma de enfrentar o problema. Os depoimentos de trabalhadores rurais libertados dão a vida, o realismo e a emoção que o tema merece.
• Uso: “13 de Maio” pode ser usado em aulas de Historia, Geografia, Cidadania e em debates políticos como forma de ilustrar o problema do trabalho escravo no Brasil. Direitos Humanos e a questão agrária no Brasil são outros temas que podem ser abordados através do filme. Contato: Tel.: (98) 3213-1959
E-mail: drtma@mte.gov.br: página www.mte.gov.br/delegacias/ma/conteudo/noticias/default1.asp

Uma Questão de Terra
[Brasil, 80min. – de Silvio Caldas, 1993]

• Documentário aonde o povo fez sua histórica, no seu local, na sua luta por justiça. É um veemente discurso camponês.
• Uso: Bom para debater a questão da terra no País.

Vista a Minha Pele
[Brasil, 2003, 23 min. Ficção. Direção de Joel Zito Araújo]

• “Vista a Minha Pele” é uma divertida paródia da realidade brasileira. Nesta história invertida, os brancos são discriminados. Serve de material básico para a discussão sobre racismo e preconceito em sala de aula.
• Uso: Ótimo para debate .História, Pluralidade Cultural, Discriminação e Racismo.

Zé Rainha é Inocente
[Brasil, 20min. 2000, Documentário. Direção de Maurício/CAOS]

• Documentário feito na ocasião do julgamento de Zé Rainha, no Espírito Santo. Mostra as tramóias do direito para tentar incriminá-lo.
• Uso: Discussão sobre como age a burguesia