Observatório da Desigualdade Pobreza e Proteção
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    Publicado em 20/09/2010 às 17:14

    O Observatório da Desigualdade, Pobreza e Proteção Social no Mercosul, criado em agosto de 2006, é um projeto de extensão do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina (protocolo 2006.1975) apoiado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Estado, Sociedade Civil, Políticas Públicas e Serviço Social (NESPP) . Este projeto integra e apóia a “Red Políticas Públicas, Derechos y Trabajo Social en el Mercosur”, criada em agosto de 2007, em Córdoba Argentina, a qual deseja aprofundar as relações já existentes entre os países latino-americanos, bem como avançar no processo de debate, pesquisa e difusão e ser um aporte efetivo para os povos e suas Universidades.

    A criação do Observatório partiu, entre outras coisas, da necessidade constatada durante os Seminários Fronteira Mercosul: as interfaces entre o social e o direito à saúde (2005) e Mercosul em múltiplas perspectivas, promovidos pelo NESPP, em 2006; do interesse em subsidiar a criação e o fortalecimento de uma rede de profissionais, pesquisadores e estudantes comprometidos com o mapeamento da realidade e o compartilhamento de experiências, estudos e pesquisas entre os países que integram o Mercosul: Argentina (1991), Brasil (1991), Paraguai (1991), Uruguai (1991) e Venezuela (2006) como Estados membros; e Bolívia (1996), Chile (1996), Peru (2003), Colômbia (2004) e o Equador (2004) como Estados associados; e México como Estado observador, visando o estabelecimento de uma nova agenda para a construção de um sistema de proteção social entre estes países; e do interesse em contribuir para a promoção do pensamento crítico e a pluralidade de pontos de vista, bem como conferir abrangência e rigor ao debate sobre a desigualdade, a pobreza e a proteção social no Mercosul.

    Para a elaboração deste Projeto, partiu-se da premissa de que são direitos humanos e sociais a qualidade de vida , a participação nos processos decisórios e o acesso igualitário aos bens existentes e que, portanto, ele deveria ser expressão de uma prática pedagógica ativa, participativa e qualitativa, que instrumentalizasse uma intervenção qualificada no processo de discussão dos desafios relacionados à integração entre os países da América Latina, mais especificamente, neste momento, entre aqueles que formam o Mercosul, pois se considera que as universidades e os institutos de estudos e pesquisa, junto com outras instituições, devem expressar uma visão que questione a lógica neoliberal e suas conseqüências e se empenhe na construção de uma nova ordem mundial fundamentada em princípios que tenham como centro o ser humano e não o lucro e o mercado.